Nego chorar a lonjura do nosso afastamento.

Nego que a felicidade dependa do número de rodas.

Nego a Banda do Casaco.

Nego ter uma voz a dizer-me ao ouvido, de forma insistente e em tom grave, "mata matA MAATA!!"

Nego a teoria da evolução.

Nego a hora de Verão.

Nego ter presunções de entrar para o Guinness.

Nego que este calor tenha a ver com a sopa que fiz ontem.

Nego que a PT mereça respeito.

Nego que isto seja viciante.

Nego que este blog tenha sido atacado por um hacker.

Nego o som do trovão.

Nego as ovelhas de pedra da rotunda de Castro Verde.

Nego visitar Ermesinde a horas menos próprias.

Nego alguma vez vir a colocar aqui desenhos animados polacos.

Nego cortar as unhas enquanto os meus alunos estão a entrar na sala de aulas.

Nego que esta seja a segunda maior cabeça de macaco que já vi.

Nego estar em prisão preventiva.

Nego ter visto o que se passou.

Nego aquela senhora gorda que me passou à frente no supermercado.

Nego ter inalado.

Nego que o Brandão seja um aldrabão.

Nego que alguma vez tenha adormecido na casa-de-banho.

Nego ser eu a mosca preta no teu Chardonnay.

Nego ter ficado cego ao brincar com um lego que tinha um prego com um grande ego.

Nego não saber/não responder.

Nego que o frio me enregele os pelos mais íntimos que me vieram à memória neste momento.

Nego que isto seja uma sandes que se apresente.

Nego já ter idade para ter juízo.

Nego ser eu os lençóis bordados da tia Joaquina.